outubro 12, 2007
Pronto está bem, assumo-me: sou o carpinteiro do Nó!


Que grande nó me deram! Ou...pegando nas palavras de Jáfumega, cantadas por Luís Portugal - nó cego, foi o que deste em mim rapariga...
Enfim, grande nó me deram! Não sei se nó cego, ou nó direito ou de barqueiro, mas que se está a mostrar ser um nó bem apertadinho, isso sim.
Sinto saúde neste nó que demos e continuamos a laçar, tanto que sinto manter-se em mim o equilíbrio à conta disso! Dantes namorávamos, agora demos o nó. Por isso miraculosamente a distância entre Castelo Branco e Almeirim diminuiu, e a diferença entre a década de 70 e 80 transportadas para o agora, resulta em simples e mágica harmonia inter-pessoal.
Neste momento estão a pensar: Este tipo está a querer dar-nos o nó!
Não estou (registem), mas estou com um tal nó na cabeça que não consigo desatar-me deste emaranhado (que não é sinónimo de confusão ou desarrumação).
Então, voltando à vaca fria, reporto-me agora a uma cena que se passou entre mim e um singular professor de solfejo que tive numa escola de música em Lisboa.
Certo dia, quando numa aula o dito professor (de seu nome Rui Cardoso) confrontou os seus alunos com a pergunta: Qual é o seu instrumento?
Quando chegou a minha vez de responder, eu corajosamente (e quem conhece o feitio do Prof. Rui Cardoso compreende o "corajosamente") respondi: Bateria.
Para mal dos meus pecados eu era o único baterista dessa turma e por isso o professor pegou nisso à vontade e disse sorrindo de solsaio, pegando já no seu habitual cachimbo: Bateria?! Ah! então você não é músico; É carpinteiro!
E fruindo o pleno prazer do momento de deleite com os alunos de 1.º ano que éramos, continuou a sua pequena brincadeira rindo com ar de desdém e continuando a dizer: Essa estirpe dos bateristas pá! São lá músicos pá! São é uma cambada de carpinteiros pá!
Mas deixou-me saudade o tempo em que trabalhei com o Prof. Rui Cardoso, com quem ia almoçar às sextas-feiras ao boteco junto à escola, com maior prazer quando era umas sardinhas na brasa ou uma dourada no carvão.(E dizia ainda ele: Não confio numa pessoa que não bebe!)
Bem, por isto assumo-me hoje como o carpinteiro oficial do nó!
O nó que nós tentamos dar-vos é a voz daquilo que vós tentais querer ouvir de nós!

Telmo Marques
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